Para deputado Freixo, presidente Bolsonaro quer PF a serviço do seu clã

Em comunicado neste sábado (25), o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), afirmou que vai apresentar uma ação na Justiça para impedir que o delegado Alexandre Ramagem assuma o comando da Polícia Federal (PF). Ele é assinalado para o cargo de diretor-geral da PF. A vaga ficou disponível, depois que Bolsonaro exonerou o agora ex-diretor Maurício Valeixo, indicado ao cargo pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. A saída de Valeixo levou Moro a deixar o governo.

Ramagem, atualmente diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foi chefe da segurança do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na campanha eleitoral de 2018. Freixo sustentou que “estou apresentando uma ação para impedir que Alexandre Ramagem assuma a chefia da Polícia Federal. Ramagem foi chefe da segurança de Bolsonaro em 2018 e é amigo dos filhos do presidente. Jair quer transformar a PF numa polícia política a serviço do clã”, escreveu Freixo em uma rede social.

Moro divulgou troca de mensagens em que Bolsonaro cobra mudança na PF

Sergio Moro ao anunciar sua saída do ministério, destacou que Bolsonaro vinha tentando interferir politicamente na Polícia Federal. Segundo Moro, em conversas com Bolsonaro, afirmava que não era contra uma troca no comando da PF, desde que o presidente apresentasse um motivo relacionado a mau desempenho ou ineficiência de Valeixo.

Para Moro, Bolsonaro nunca apresentou essas razões. Em resposta a Moro, Bolsonaro argumentou que nunca tentou interferir politicamente na PF, mas que, como presidente, tem a prerrogativa de indicar o nome do diretor-geral .

*Com informações do Uol