Cidades

Caiado foca no Entorno para tentar reduzir desigualdades e problemas sociais

Redação DM

Publicado em 16 de agosto de 2020 às 23:00 | Atualizado há 5 anos

Nesta segunda-feira, 17, a partir das 9h, o governador Ronaldo
Caiado (DEM) visita obras de conexão que vão levar energia elétrica aos
assentamentos Água Fria e Fartura, no município de Formosa – um dos principais
do Entorno do Distrito Federal.

Os investimentos somam R$ 5 milhões, recursos da Enel Distribuição
Goiás e do Governo Federal.

Ao todo, serão 256 famílias beneficiadas com a chegada da energia elétrica de forma regular, resultado da parceria entre o Governo de Goiás e a Enel Distribuição Goiás.

A comunidade aguarda o acesso ao serviço há 16 anos. Os assentamentos têm acesso pela GO-116, sendo 26 km de asfalto mais 50 km de terra.

A visita do governador Caiado efetiva uma mudança de
comportamento na região, já que o Entorno costumava ser alvo das gestões apenas
em finais de mandato, quando se aproximam as eleições.

O Entorno do Distrito Federal é uma das regiões mais
sensíveis economicamente do Brasil. Apesar de localizado em grande parte em
Goiás (existe também em Minas Gerais), sua origem não tem muita relação com os
goianos mais tradicionais.

O Entorno só existe, de fato, por que ocorreu forte migração
para a região após a mudança da Capital. E com tal mudança surgiram várias
demandas, que trouxeram nordestinos, paulistas e nortistas para os limites da
capital. Nos últimos 30 anos surgiram 20 municípios nas proximidades da sede do
governo federal.

Antes de Brasília, o que existia era a tradição mais profunda
do Goiás colonial – caso de Santa Luzia (Luziânia) e Pirenópolis, além de
cidades históricas como Formosa, que surgiu em meados do século 18, quando
Goiás pertencia à capitania de São Paulo.

Após a criação de Brasília, a região passou a ter várias
demandas sociais. O Governo Federal reconhece a área como região integrada de
desenvolvimento e por isso já demonstrou várias vezes que é preciso criar um
fundo específico para os municípios – como já ocorre com Brasília.

O problema é que o Entorno nunca foi prioridade para o Governo de Goiás. Pela primeira vez, a região tem sido tratada com atenção. Há duas semanas, o governador Ronaldo Caiado esteve, por exemplo, em Planaltina para entregar moradias e outras obras. Já tinha feito o mesmo em Luziânia, Cidade Ocidental, Águas Lindas e vários outros municípios.

PRESÍDIO

Há duas semanas, ele inaugurou um presídio em Águas Lindas. O
gestor passou a acompanhar uma agenda de ações e serviços que contemplem
moradores da região tendo em vista impactar o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) das cidades. Há cinco dias, o gestor assinou protocolo de intenções com
indústrias que desejam se instalar em Goiás. Duas delas ficaram incumbidas de
instalarem suas plantas em cidades do Entorno.

O desafio é grande, já que o Entorno tornou-se um dilema para
as gestões. Se por um lado o Governo do Distrito Federal ignora as demandas das
cidades, é cada vez mais claro nas pesquisas de universidades que a
responsabilidade da região não pode ser apenas de Goiás, já que sua realidade é
fruto de grande imigração ocorrida graças ao forte apelo da inauguração da nova
capital.

O governador goiano ordenou que é preciso investimento de
impacto em todas as áreas até que o Entorno passe a ser modelo de desenvolvimento.
Para o gestor, a industrialização aliada do investimento no agronegócio e
agricultura familiar pode fazer o Entorno virar a página e tornar-se exemplo de
superação social para o país.

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