Cidades

Nasce primeira bebê da Maternidade Célia Câmara

Diário da Manhã

Publicado em 12 de novembro de 2020 às 21:11 | Atualizado há 4 anos

Funcionando desde abril como referência para o tratamento da COVID-19,
unidade no setor Vera Cruz registra primeiro parto de mãe positiva para a
doença causada pelo coronavirus. Ísis nasceu saudável e já mama no peito

Oito meses depois de inaugurado
como referência para o tratamento da COVID-19, o Hospital e Maternidade
Municipal Célia Câmara (HMMCC) teve nesta quarta-feira, 11 de novembro, o
primeiro parto realizado, marcando o início da história da unidade como
maternidade de Goiânia. A bebê Isis nasceu às 20h22, com 39 semanas e cinco
dias de idade gestacional, 3.880 gramas, 56 centímetros de comprimento,
saudável e encantando a todos!

Com sorologia positiva para a
COVID-19, a mãe Keila dos Santos Soares afirmou ter ficado apreensiva com o
nascimento da sua primeira filha. “Fiquei insegura, mas quando cheguei aqui, eu
vi os funcionários e as pessoas, que me tranquilizaram bastante. Fui bem
tranquila para o parto”, disse, comemorando o fato de já poder amamentar Isis
seguindo a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de usar máscara
durante a amamentação.

Keila foi acompanhada de equipe
multidisciplinar desde sua internação, na própria quarta-feira, e agradeceu o
atendimento prestado pela equipe do hospital: “Eu quero dar os parabéns e dizer
que o Brasil precisa de mais maternidades assim. Parabéns a todos, desde o
faxineiro até o médico”.

Diretor-geral do HMMCC, José
Miguel de Deus destacou o significado do nome Isis (“deusa da fertilidade
e do amor maternal”), e como seu nascimento é um marco histórico para
Goiânia. “A sociedade está conquistando, concretamente, uma assistência materno-infantil
de excelência em uma estrutura hospitalar ‘de fazer inveja à iniciativa privada’.
Parabéns à família de Isis, a todos os colaboradores do nosso hospital e à
Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia/Prefeitura Municipal de Goiânia por
dar este presente ao povo goianiense”, disse.

Fátima Mrué, secretária de Saúde
de Goiânia, também celebrou o nascimento da pequena Ísis e a qualidade da
estrutura e do atendimento do HMMCC: “Estamos muitos felizes por ter criado um
espaço onde as mães com COVID-19 se sintam acolhidas e protegias no momento de
dar à luz, um momento tão especial”.

Como forma de comemorar a
transição do hospital à maternidade, a assistente social aposentada Maria de
Abadia Araújo, irmã da coordenadora multiprofissional do HMMCC, Lúcia de
Araújo, fez, à mão, sapatinhos vermelhos de crochê, conhecidos por levar boa
sorte a quem usá-los. As 10 primeiras crianças nascidas na unidade ganharão o
mimo e nesta quinta-feira, 12, o dr. José Miguel e a diretora-administrativa da
unidade, Angélica Santana, entregaram o presente a Keila e Ísis.

“Foi um momento especial,
gratificante e significativo para nós e para a mãe, que se diz grata por estar
aqui, sendo bem assistida. É uma virada de chave para vivenciarmos o escopo da
maternidade. A energia do hospital está diferente, os colaboradores estão
emocionados, felizes”, falou Angélica sobre a entrega do “mimo” às pacientes.

O HMMCC continua atendendo
exclusivamente pacientes suspeitos ou confirmados da Covid-19 encaminhados via
Regulação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

De Maternidade à Hospital referência para a COVID-19

O diretor José Miguel de Deus
relembra como começou o funcionamento do HMMCC e agradece os profissionais
envolvidos durante todo esse período: “Estávamos numa expectativa enorme para
inauguramos o HMMCC na véspera do Dia das Mães deste ano, quando fomos
surpreendidos pela pandemia de COVID-19. 
Precisamos modificar nossa rota e em 06 de abril de 2020, após três
semanas de intenso trabalho e dedicação de muita gente, abrimos os primeiros
leitos de UTI para assistir as pessoas com COVID-19 e disponibilizamos à
sociedade 145 leitos para esta finalidade. Atendemos até aqui mais de 1700
pacientes com suspeita de COVID-19. Aproveito, publicamente, para agradecer
todas as pessoas que contribuíram com este feito. Sabíamos o tamanho da nossa
missão, mas sempre com a convicção que retornaríamos à nossa rota original, que
é proporcionar assistência materno infantil à comunidade goianiense”.


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