Cotidiano

Após recepção fria, PT de Goiânia está mais distante de aliança com MDB maguitista

Redação DM

Publicado em 18 de novembro de 2020 às 11:29 | Atualizado há 6 meses


A rejeição do MDB a uma possível aliança com o PT no segundo turno deixou a militância dividida. A tendência é de que a sigla tenha postura mais crítica ao partido nesta nova etapa na eleição.

As reações iniciais são de que o MDB teria “esnobado” o apoio da deputada estadual Adriana Accorsi, terceira colocada na disputa. Nas redes sociais, os primeiros sinais são de crítica à postura do partido em relação ao estado de saúde de Maguito Vilela, candidato a prefeito de Goiânia que está entubado com covid-19, em São Paulo.

Uma publicação que circula nos grupos de WhatsApp revela indignação: “Entubar o candidato no dia da eleição e só comunicar depois do pleito. É falta de transparência e enganar o eleitorado. Boletins de saúde afirmando que só está  melhorando aí é reintubado. Mas espero que melhore de verdade”.  



O texto compartilhado como do advogado do partido, Edilberto de Castro Dias, ainda questiona quem seria o futuro vice-prefeito de Maguito. Ex-presidente da Comurg na gestão do prefeito Paulo Garcia, Edilberto é um dos principais militantes da legenda.

A publicação não consta na rede social do advogado, mas continua sendo compartilhada nos grupos de conversa privada.  

A presidente municipal da legenda, a ex-vereadora Neide Aparecida, disse que se não existe interesse em apoio do PT, a legenda não procurará o MDB. Dentro do PT existe o argumento de que Maguito Vilela é quem deveria decidir pela aliança, mas está inconsciente neste momento internado em uma UTI. O partido afirma, todavia, que o candidato a vice-prefeito, Rogério Cruz (Republicano), não tem autonomia nem assume a campanha, o que emperra a discussão.

O MDB teria realizado sondagens entre os integrantes da coligação e feito leituras de pesquisas que indicam ser arriscada a aliança no segundo turno com PT e PSDB – legenda que teve comportamento inexpressivo nas urnas e que realizou dobradinha com o MDB de 2008 a 2016.  O Republicanos é contra alianças com a legenda, já que tem uma aproximação com o discurso de direita e extrema direita – o partido dos filhos de Jair Bolsonaro, senador Flávio Bolsonaro e vereador Carlos Bolsonaro, é tido como ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd).

Aparecida

A postura em Goiânia tende a ser diferente de outras cidades. Na reeleição de Gustavo Mendanha, em Aparecida de Goiânia, por exemplo, o MDB tratou com discrição a aliança. O PT tem feito parte da aliança desde a primeira gestão de Maguito Vilela, iniciada em 2008, e desde então é uma legenda considerada pelo grupo de Mendanha “para fazer volume”, mas vetada para assumir pontos de visibilidade no município.     


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