Cotidiano

Facebook: De startup de garagem para megacorporação

Redação DM

Publicado em 3 de fevereiro de 2022 às 19:42 | Atualizado há 3 anos


Criado no dia 4 de fevereiro de 2004, o Facebook passou de uma startup de garagem para uma megacorporação dona de múltiplas empresas da área de tecnologia, notabilizando-se em anos mais recentes pelas aquisições de seus concorrentes ou simples cópia de recursos que invalidavam o pioneirismo dessa concorrência em alguma função oferecida ao usuário.

“O Facebook sofreu mudanças em diversos níveis desde a sua criação. Parte delas foi induzida pela própria empresa, que fez inúmeras alterações formais e funcionais em nível de código, interface, funcionalidades e gestão de dados pessoais. Ou seja, trata-se dos usos que o Facebook faz dos dados e metadados que seus usuários compartilham com a plataforma ou geram dentro dela”, afirma o professor de Jornalismo, comunicólogo e doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas, Raniê Solarevisky de Jesus.

Segundo Raniê, outra parte das mudanças se refere ao uso que as pessoas fazem do Facebook, que mudou bastante e que também é modulado pela companhia, já que a liberdade de ação dentro da plataforma é definida pelo código dela, limitando suas apropriações.

“Nesse último grupo de alterações, destacam-se o ganho de relevância dos grupos ao longo do tempo, a ascensão e queda da popularidade das páginas, a criação e crescimento de mercados de desinformação, o fortalecimento de redes de solidariedade e organização civil e a propagação viral de campanhas e conteúdos políticos de diversas ordens”, pontua.

Conforme o comunicólogo, com o objetivo de expandir sua base de usuários e mantê-los ativos tanto tempo quanto possível e com máxima intensidade, a rede já fez várias modificações e buscou parcerias que geraram novas mudanças.

“Vêm daí a associação com agências de checagens de fatos, a oferta de programas e bolsas de formação e apoio a jornalistas e redações, a criação de um conselho civil consultivo para guiar as ações da empresa e as campanhas por diversidade e valorização das diferenças étnicas”, destaca Raniê.

Mas e se o Facebook deixasse de existir? Para o professor, é sempre muito difícil dizer o que poderia acontecer “se” isso ou aquilo ocorresse e o que podemos analisar com mais firmeza é como as pessoas se apropriaram das redes sociais durante essa pandemia, por exemplo, e como a humanidade enfrentou outras pandemias do passado, quando não tínhamos sequer a Internet.

“Agora, com a possibilidade de conexão facilitada pelas redes, sem dúvida pareceu mais fácil enfrentar a solidão e a falta de contato físico, além de fazer circular correntes de ajuda às pessoas que perderam seus meios de sustento enquanto ficavam doentes ou se isolavam em casa. De outro lado, no entanto, essas mesmas redes são um mediador fundamental na produção e circulação de desinformação sobre a própria pandemia, por exemplo, além de permitirem a dispersão de conteúdos que incitam ou congratulam a intolerância a quem ou o que é diferente, bem como a negação da credibilidade do jornalismo, da ciência e das próprias leis redigidas para garantir uma convivência saudável em qualquer democracia”, afirma Ranê.

Segundo Fabio Júnior Pereira Rios, o Facebook está aí para estreitar as relações, e tornar a comunicação mais fácil, sem ele seria quase impossível manter o vínculo com as pessoas que estão distantes.

“Converso com minha prima na Bélgica, com amigos que estão nos Estados Unidos, enfim, hoje em dia utilizamos não somente para postar fotos, mas para nos comunicar com outras pessoas que estão perto ou longe. Na pandemia, pudemos perceber melhor a importância de se ter uma rede social que te permite interagir e se comunicar com outras pessoas, seja por mensagem, seja por chamada de vídeo”, relata Fabio Júnior.

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