Católicos rezam pelo fim da guerra
Diário da Manhã
Publicado em 2 de março de 2022 às 12:58 | Atualizado há 3 anos
Acabou o carnaval e chegou a quaresma, que segue até 14 de abril, na Quinta-Feira Santa. Para a igreja católica, hoje é o início de um período de recolhimento, orações, jejuns e mudanças de comportamentos. A ideia é se preparar para sua maior festa litúrgica, a Páscoa. Assim, paróquias de Goiânia de todo mundo participam hoje da missa de Quarta-Feira de Cinzas.
O arcebispo metropolitano de Goiânia, Dom João Justino de Medeiros, irá celebrar às 7h da manhã na Catedral Catedral Metropolitana de Goiânia Nossa Senhora Auxiliadora e às 19h no Santuário Basílica Sagrada Família. “Todas as paróquias da diocese de Goiânia terão celebrações em horários diversos com imposição de cinzas, gesto próprio para indicar o tempo de penitência e de busca de conversão que estamos a viver na quaresma”, explica o arcebispo.
De acordo com o religioso, as celebrações acontecerão seguindo os cuidados sanitários em razão da pandemia. As missas vão obedecer ainda as orientação do Papa Francisco – que pediu um dia de jejum e orações por conta do conflito bélico entre Rússia e Ucrânia.
“A quaresma nos propõe a conversão, que no grego do evangelho se diz ‘metanoia’, cujo sentido é mudança de mentalidade que interfere no agir. Diante da guerra e da pandemia, a quaresma deste ano aponta para a urgente necessidade de remodelarmos nossa mentalidade segundo os ensinamentos de Jesus Cristo e sermos todos construtores da paz e da fraternidade, base sólida para uma nova sociedade”, diz.
Educação com amor
Como todos os anos, a Campanha da Fraternidade 2022 será lançada oficialmente nesta quarta-feira (02) pela Igreja Católica. O tema será “Fraternidade e Educação” e o lema bíblico, extraído de Provérbios 31, 26: “Fala com sabedoria, ensina com amor”.
De acordo com informações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), esta será a terceira vez que a temática da educação será abordada na Campanha da Fraternidade. O tema já foi objeto de reflexão e ação eclesial em 1982 e 1998. De acordo com a introdução do texto-base da iniciativa, foi: “a realidade de nossos dias que fez com que o tema educação recebesse destaque, um tempo marcado pela pandemia da Covid-19 e por diversos conflitos, distanciamentos e polarizações”.
Pensando nas práticas diárias para trabalhar o tema da campanha, Dom João Justino de Medeiros, explica que espera mobilizar as pessoas que têm alguma tarefa educativa nas comunidades, com intuito de recuperar o compromisso em favor de uma educação que promova um “horizonte do humanismo solidário”.
“Das celebrações aos encontros, das abordagens pessoais à presença nos meios de comunicação, que o tempo quaresmal seja oportuno para provocar todos, especialmente os católicos, a buscar em Jesus Cristo, a inspiração de todo ato educativo, como Mestre que fala com sabedoria e ensina com amor”, enfatiza