Tragédia em Capitólio: policiais concluem que queda de rocha foi ‘evento natural’
Redação DM
Publicado em 4 de março de 2022 às 16:23 | Atualizado há 4 anos
A Polícia Civil concluiu nesta sexta-feira, 4, que a queda de uma rocha que matou 10 pessoas em Capitólio, em Minas Gerais, no dia 8 de janeiro, foi um evento natural, visto que não foram identificados culpados ou responsáveis pelo ocorrido.
Depois da conclusão de que nenhuma ação humana tenha provocado a queda da rocha, a Polícia Civil solicitou o arquivamento do inquérito.
O Ministério Público irá analisar o pedido do arquivamento, podendo concordar, requisitar mais diligências ou denunciar alguém.
Embora ninguém tenha sido indiciado, a polícia elaborou dez sugestões que serão levadas aos órgãos e às instituições que são responsáveis pela fiscalização da região, para que haja reforço da segurança em Capitólio.
Algumas das sugestões apresentadas são o mapeamento de zonas de risco, diminuição do número de embarcações noc cânions e obrigatoriedade do uso de coletes salva-vidas por toda a represa.
A Defesa Civil de Minas Gerais havia emitido alerta de chuvas intensas e possibilidade de tromba d’água duas horas antes do aciente naquele dia.
Confira a lista de sugestões enviada pela Polícia Civil:
- Realização de mapeamento de todas as zonas de risco (movimento de massas) por geólogos e/ ou outros profissionais especializados no ramo e sua demarcação em campo e em planta;
- Redução no número de embarcações nos cânions, que deverão apenas contemplar o local, em velocidade baixa e sem uso de aparelho sonoro;
- Implementação do selo de identificação nas embarcações;
- Identificação de todos os turistas que utilizarem embarcações, sendo que o controle/ cadastro deverá ser armazenado/ disponibilizado nos respectivos píeres;
- Uso obrigatório de colete salva-vidas em toda a represa e capacete na região dos cânions e áreas semelhantes;
- Maior integração entre os órgãos/ instituições responsáveis pela concessão e fiscalização de empreendimentos turísticos;
- Proibição de passeios turísticos na região quando houver comunicação de advertência pela Defesa Civil;
- Fortalecimento das fiscalizações de engenharia, geologia e ambiental;
- Exigência de estudo de risco e respectiva contenção para os empreendimentos turísticos;
- Efetiva participação de Furnas e da concessionária Nascentes das Gerais na adoção de medidas preventivas de segurança.
Leia também
- Goiás tropeça contra Avaí, perde por 2 a 1 na Ressacada e continua na vice-liderança da Série B
- Esquerda vai às ruas no 07 de Setembro contra anistia, Bolsonaro, Trump e Tarcísio
- Bolsonaristas ocupam avenida Paulista em ato por anistia e contra o STF
- Caiado defende segurança pública como base para verdadeira independência
- Pai de jovem carbonizado em clínica desabafa: “cruel”