Governo federal congela dinheiro da merenda escolar
Redação DM
Publicado em 18 de setembro de 2022 às 17:13 | Atualizado há 3 anos
O governo federal vetou o aumento do orçamento de 2023, para merenda escolar dos estados e munícipios que não tem reajuste desde 2017, o que pode afetar o desempenho dos alunos e alunas da rede pública de ensino, pois com prato reduzido reduz também o o poder de concentração, o que afeta bastante o acompanhamento escolar.
O prato preferido dos alunos, já não vem tão recheado e com média de 40% menos de quantidade, e isso pode trazer muito prejuízo na concentração do estudante, que muitas vezes tem na escola a primeira refeição do dia e muitas vezes a única.
Tatiane Charadia, diretora de uma escola em Passo Fundo -Rs, que também teve que reduzir o prato da criançada, afiram que ” a alguns anos atrás comprávamos em média de 30 a 40% a mais de produtos para as crianças, do que compramos hoje”.
O problema é que o valor de repasse a cada aluno não sofre reajuste a cinco anos. Por dia são repassados a cada aluno do ensino médio e fundamental R$ 0,36, para os alunos da pré-escola 0,53, e para alunos de creches e ensino integral R$ 1,07 .
A diretriz orçamentária aprovada pelo congresso, autorizava a correção desse valor pela inflação acumulada desde de 2017, mas o presidente vetou esse reajuste.
Giorgia Russo, nutricionista em alimentação escolar, explica ” a gente tem mais da metade da população em situação de insegurança alimentar nutricional, ou seja, no momento em que eles precisava que a escola assegurasse uma alimentação adequada e saudável para os nossos estudantes, crianças e adolescentes que são prioridades absoluta pro estado”.
O problema não prejudica apenas o aprendizado e a saúde dos mais de 40 milhões de alunos das redes públicas do país, aumenta também a evasão escolar nessas unidades púbicas de ensino. As crianças não vão atraídas não só pelas letras, mas muitas vezes por causa da refeição que recebe e que quase sempre são bem mais saudável que de suas casas, isso quando não encontram na escola a principal refeição do dia.
Georgia ainda frisou “que pela primeira vez na história temos para essas crianças de hoje uma perspectiva de vida menor do que as do nossa geração”.
Em nota a Presidência da República, explica as razões do vetos:
” Porque contraria o interesse púbico, e por causa da rigidez orçamentária”…
Leonardo Sakamoto, Jornalista e cientista político, ” explica que essa é uma das justificativas mais macabras que a gente poderia ter, o governo federal atropela o teto de gastos que é a questão de respeito fiscal, aprova leis relacionadas, que na prática são compras de votos, são leis para ajudar o Presidente da República a se reeleger agora nas eleições de outubro. Mais para garantir o mínimo de qualidade para essa população que precisam de uma alimentação saudável porque estão no seu processo de crescimento, que está no processo educacional, tem crianças que vão para a escola apenas pra comer, diante disso vemos que o valor é insuficiente.
No final do ano passado o governo foi passar férias na belíssima cidade de São Francisco do Sul , SC, gastou 900 mil reais do dinheiro público, esse dinheiro daria para ajudar 2,5 milhões de refeições para alunos do ensino fundamental e médio. Vão dizer que isso é populismo, não é. Quando o milhão é pouco você pensa pra onde vai? para as férias do presidente, ou para a criançada comer? Infelizmente a prioridade desse governo estão equivocadas”. Desabafou o jornalista em defesa dos estudantes.