Funcionária é demitida de laboratório em Goiânia após diagnóstico de câncer
Raquel Freitas
Publicado em 8 de outubro de 2022 às 17:33 | Atualizado há 3 anos
Uma funcionária que foi demitida sem justa causa de um laboratório
após diagnóstico de um tumor na hipófise e um nódulo no seio, deverá ser indenizada.
A recepcionista acredita que sua demissão tem a ver com o diagnóstico do seu
problema de saúde.
A decisão indenizatória foi da primeira turma do tribunal regional do trabalho da 18° região. A funcionária afirma que foi demitida um mês após ser diagnosticada com a doença. Sendo assim, ela pedia a reintegração junto a empresa ou uma indenização substitutiva por danos morais. Em contrapartida, o laboratório alega que a demissão da trabalhadora em nada tem a ver com o diagnóstico da doença, e sim com a redução que foi feita no quadro de funcionários uma vez que o laboratório foi muito afetado pelos problemas oriundos pela pandemia da Covid-19.
O desembargador Eugênio Cesário, que conduz o caso, afirma
que o laboratório que é de grande porte, não teve queda na receita durante o
período pandêmico e que a funcionária foi admitida em julho de 2020, ou seja, 4
meses após o início da pandemia. Levando em consideração que clínicas e laboratórios
tiveram um aumento expressivo na quantidade de exames e diagnósticos durante o
período da pandemia, e que por isso, a afirmação da empresa em dizer que a
demissão foi devido à redução no quadro dos colaboradores, acaba não fazendo
muito sentido.
Por conta de todo o constrangimento sofrido, a funcionária não tem interesse em retornar à empresa. Por conta de todo o transtorno causado a recepcionista a empresa terá que arcar com todos os direitos trabalhistas como FGTS, gratificações natalinas , férias e uma indenização trabalhista no valor de R$ 5 mil.