Exposição retrata vida e obra de Anne Frank, autora do diário mais famoso do século XX
Diário da Manhã
Publicado em 7 de abril de 2020 às 03:30 | Atualizado há 4 meses

A trajetória da menina judia que desafiou os arapongas nazistas a partir de suas comoventes palavras é tema da exposição do Google Arts & Culture, uma parceria da plataforma online com a Fundação Anne Frank. Disponível ao público desde o dia 12 de junho ano passado, o projeto permite visitar a casa da autora do diário mais famoso escrito no século passado, em Amsterdã, na Holanda. Com a tecnologia Street View, recurso do Google que permite visão panorâmica, o internauta consegue conhecer todos os cômodos do imóvel, incluindo o quarto que Anne dividia com a irmã. É possível acessar pelo iOS, Android e site.
Com fotos inéditas, documentos e o único vídeo conhecido de Anne – filmado numa festa de casamento -, a exposição revela como foi a batalha da família contra a tirania de Hitler. Anne escreveu “O Diário de Anne Frank” quando ficara escondida com a família no anexo da companhia do pai. É possível serpentear casa adentro, onde há o mobiliário original da fábrica de geleia onde trabalhava o progenitor, cujos negócios degringolaram com a crise econômica que a Alemanha atravessava na década de 1920, como consequência da Primeira Guerra. Os nazistas, ao contrário do que pregavam, afundaram o país germânico.
Na casa, tudo faz referência a menina: a decoração com fotos de artistas do cinema e as cortinas costuradas para tapar as janelas do esconderijo. O visitante consegue encontrar ainda fotografias do manuscrito do diário, onde ela escrevia frases cortantes sobre as barbáries da Gestapo, a cruel polícia política de Hitler. A insana perseguição aos judeus é detalhada na exposição, bem como a construção do esconderijo para evitar a deportação. “Nossos muitos amigos e conhecidos judeus estão sendo levados aos montes. A Gestapo está tratando todos eles muito mal”, escreveu Anne, no seu diário, em frase destacada na exposição.

Eram os anos mais horrorosos da Grande Guerra. Anne e Margot foram transportadas para o campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha. A mãe delas permaneceu em Auschwitz-Birkenau, morrendo em 6 de janeiro de 1945, meses antes de o Exército Vermelho da União Soviética se fazer ouvir nas imediações de Berlim, capital da Alemanha. Depois de três dias de uma desumana viagem de trem, a menina e a irmã foram obrigadas a se alojar em barracas. Uma chuva torrencial, contudo, destruiu a ‘casa’ delas, e elas são removidas para barracões abarrotados de gente. Anne encontra a amiga do jardim de infância, Hanneli Goslar.
Ilustrada por imagens da crueldade nazista dos campos de concentração, a exposição narra também como ocorreu a libertação de Auschwitz pelas tropas russas, em 27 de janeiro de 1945. Otto Frank foi solto, mas ele era o único dos oito escondidos que conseguiu sobreviver à Segunda Guerra. Semanas mais tarde, Otto teve a notícia da morte de Anne e Margot e, então, Miep lhe entrega o diário da filha, que estava guardado desde a prisão da família pela polícia política de Adolf Hitler. Num primeiro momento, foi difícil encontrar numa editora que bancasse o livro. As portas se abriram quando um historiador publicou um artigo num jornal holandês.
Em 1952 o diário de Anne se tornou sucesso editorial e despertou o interesse de dois dramaturgos norte-americanos, que adaptaram o texto para a linguagem teatral e o montaram na Broadway. Foi um sucesso. Em 1959, “O Diário de Anne Frank” se transformou em filme, com a atriz Milly Perkins no papel de Anne. No ano seguinte, a Casa de Anne Frank é inaugurada e atrai grande número de pessoas, recebendo aproximadamente 1 milhão de visitantes por ano. Em meio à quarentena do coronavírus, a visitação online é uma boa pedida. Assim mantém-se viva a memória da tragédia e fica-se em casa, se possível.
Ficha técnica
‘Exposição na Casa de Anne Frank’
Onde: Google Art & Culture
Disponível em Android, iOS e site
A História fala por si só. Muito mais do que as anotações de uma menina, “O Diário de Anne Frank” se tornou um documento sobre perseguição nazista aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Anne registrou tudo: seus sentimentos, seus desabafos, seus temores, seus medos, seus receios, suas reflexões enquanto vivia trancafiada no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha. A menina judia não conseguiu virar a escritora e jornalista que queria. Os tiranos lhe ceifaram a vida. No entanto, seu pai acabou sendo libertado e publicou seu diário, que é lido, estudado e lembrado há gerações.
Nascida no dia 12 de junho de 1929 na cidade Frankfurt, na Alemanha, Anneliese Marie Frank era filha do judeu Otto Frank, empresário alemão e ex-sargento do exército germânico durante a Primeira Guerra Mundial. Edith Frank-Holländer, mãe de Anne Frank, era filha de um rico homem de negócios. Antes de Anne nascer, o casal havia dado a luz a Margot Frank. As três paderecem diante das insanidades do messias Adolf Hitler, militar medíocre e falastrão que mergulhara o mundo num mar de sangue. Anne, Margot e Edithe foram assassinadas em nome da eugenia nazista.

A trajetória da menina judia que desafiou os arapongas nazistas a partir de suas comoventes palavras é tema da exposição do Google Arts & Culture, uma parceria da plataforma online com a Fundação Anne Frank. Disponível ao público desde o dia 12 de junho ano passado, o projeto permite visitar a casa da autora do diário mais famoso escrito no século passado, em Amsterdã, na Holanda. Com a tecnologia Street View, recurso do Google que permite visão panorâmica, o internauta consegue conhecer todos os cômodos do imóvel, incluindo o quarto que Anne dividia com a irmã. É possível acessar pelo iOS, Android e site.
Com fotos inéditas, documentos e o único vídeo conhecido de Anne – filmado numa festa de casamento -, a exposição revela como foi a batalha da família contra a tirania de Hitler. Anne escreveu “O Diário de Anne Frank” quando ficara escondida com a família no anexo da companhia do pai. É possível serpentear casa adentro, onde há o mobiliário original da fábrica de geleia onde trabalhava o progenitor, cujos negócios degringolaram com a crise econômica que a Alemanha atravessava na década de 1920, como consequência da Primeira Guerra. Os nazistas, ao contrário do que pregavam, afundaram o país germânico.
Na casa, tudo faz referência a menina: a decoração com fotos de artistas do cinema e as cortinas costuradas para tapar as janelas do esconderijo. O visitante consegue encontrar ainda fotografias do manuscrito do diário, onde ela escrevia frases cortantes sobre as barbáries da Gestapo, a cruel polícia política de Hitler. A insana perseguição aos judeus é detalhada na exposição, bem como a construção do esconderijo para evitar a deportação. “Nossos muitos amigos e conhecidos judeus estão sendo levados aos montes. A Gestapo está tratando todos eles muito mal”, escreveu Anne, no seu diário, em frase destacada na exposição.

Eram os anos mais horrorosos da Grande Guerra. Anne e Margot foram transportadas para o campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha. A mãe delas permaneceu em Auschwitz-Birkenau, morrendo em 6 de janeiro de 1945, meses antes de o Exército Vermelho da União Soviética se fazer ouvir nas imediações de Berlim, capital da Alemanha. Depois de três dias de uma desumana viagem de trem, a menina e a irmã foram obrigadas a se alojar em barracas. Uma chuva torrencial, contudo, destruiu a ‘casa’ delas, e elas são removidas para barracões abarrotados de gente. Anne encontra a amiga do jardim de infância, Hanneli Goslar.
Ilustrada por imagens da crueldade nazista dos campos de concentração, a exposição narra também como ocorreu a libertação de Auschwitz pelas tropas russas, em 27 de janeiro de 1945. Otto Frank foi solto, mas ele era o único dos oito escondidos que conseguiu sobreviver à Segunda Guerra. Semanas mais tarde, Otto teve a notícia da morte de Anne e Margot e, então, Miep lhe entrega o diário da filha, que estava guardado desde a prisão da família pela polícia política de Adolf Hitler. Num primeiro momento, foi difícil encontrar numa editora que bancasse o livro. As portas se abriram quando um historiador publicou um artigo num jornal holandês.
Em 1952 o diário de Anne se tornou sucesso editorial e despertou o interesse de dois dramaturgos norte-americanos, que adaptaram o texto para a linguagem teatral e o montaram na Broadway. Foi um sucesso. Em 1959, “O Diário de Anne Frank” se transformou em filme, com a atriz Milly Perkins no papel de Anne. No ano seguinte, a Casa de Anne Frank é inaugurada e atrai grande número de pessoas, recebendo aproximadamente 1 milhão de visitantes por ano. Em meio à quarentena do coronavírus, a visitação online é uma boa pedida. Assim mantém-se viva a memória da tragédia e fica-se em casa, se possível.
Ficha técnica
‘Exposição na Casa de Anne Frank’
Onde: Google Art & Culture
Disponível em Android, iOS e site