Economia

PIB tem de crescer 10% este ano

Redação DM

Publicado em 5 de março de 2020 às 11:23 | Atualizado há 5 anos


Para fugir desse registro de pior década em 120 anos, o Brasil tem de conseguir algo muito raro em sua história: um super avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de 10% até o final deste ano. O último relato de uma expansão nessa faixa foi em 1976, quando cresceu 10,26%.

Segundo o levantamento do economista Marcel Balassiano, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), o resultado do PIB de 1,1% em 2019, o Brasil acumula um crescimento médio de 0,7% ao ano desde 2011. Se o país conseguir crescer 2,17% neste ano, como mostram os analistas consultados pelo relatório Focus, do Banco Central, a média do período deve subir para 0,8%.

O pior desempenho foi colhido foi nos anos de 1980, com o registro de avanço médio de 1,6%, esse período foi chamado de década perdida.

De acordo com Balassiano, “para a década atual não ser conhecida como a pior em termos de crescimento econômico e conseguir ser melhor do que a década de 1980, o PIB brasileiro teria que crescer, em termos reais 10% em 2020, o que é muito improvável, para não dizer impossível”.

O desempenho da década atual pode ser ainda mais fraca, de acordo com os números do relatório Focus, hoje a expectativa é de que o PIB de 2020 cresça na faixa de de 1,5% e 2%. Em março de 2019 o economista Balassiano, já havia alertado para o desempenho pífio da década atual .

Na década atual, o país colecionou anos de forte recessão e uma retomada lenta, num período que envolveu uma severa deterioração fiscal, crises políticas e choques internos e externos. O PIB caiu mais de 3% em 2015 e 2016, e nos últimos três anos, avançou pouco mais de 1%.

Riqueza estagnada

O levantamento aponta que durante esse período de baixo crescimento, a riqueza do brasileiro tende a ficar estagnada. O resultado só vai ser melhor do que os anos de 1980, quando o PIB per capita (indicador que mede toda riqueza produzida por um país e a divide e a dividi pela quantidades de habitantes) caiu 0,6%.


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