Política

Caiado fala de sua história, faz propostas e cobra altivez política de adversários

Redação

Publicado em 29 de setembro de 2022 às 13:51 | Atualizado há 3 anos


No debate promovido pela TV Anhanguera com os candidatos ao Governo de Goiás na noite de terça-feira (27), o governador e candidato à reeleição, Ronaldo Caiado (União Brasil), falou sobre sua gestão e as propostas para um possível segundo mandato.

Caiado também relembrou sua atuação política como candidato a presidente da República e parlamentar por cinco mandatos, e cobrou de adversários que o atacavam que buscassem construir uma trajetória política ao invés de se esconderem atrás de outros candidatos – em especial o presidente Jair Bolsonaro, numa referência direta a Gustavo Mendanha (Patriota) e Vitor Hugo (PL).

“Tenho história de vida. As pessoas me respeitam e sabem quem eu sou”, disse Caiado ao criticar o posicionamento subserviente de seus adversários. “A marca que escrevo em todos os mandatos que percorri na minha vida é respeito ao dinheiro público”, frisou o governador.

Ao ser questionado sobre a disputa para a presidência da República, Caiado cobrou altivez política de concorrentes na disputa pelo governo de Goiás. “Parem de ficar se escondendo atrás dos outros. Deixem de ser garupeiros. Sejam candidatos. Apresentem para a população de Goiás o que vocês pensam”, cobrou. O debate também teve a participação dos candidatos Edigar Diniz (Novo); Cíntia Dias (Psol) e Wolmir Amado (PT).

Equívoco de Mendanha                         

Questionando o governador sobre a saúde pública estadual, o candidato Gustavo Mendanha disse que um morador do município de Porangatu, no Norte do Estado, teria de se deslocar até Anápolis para receber atendimento médico. Caiado rebateu o oponente e informou que, na atual gestão, a regionalização da saúde em Goiás saiu do papel e virou realidade.

Um dos exemplos é que ao Norte goiano conta com o Hospital Regional de Uruaçu, referência em atendimentos de urgência com 40 leitos de UTI. “A minha gestão levou a regionalização de sete hospitais em Goiás, implantamos seis policlínicas no Estado de Goiás, dando dignidade ao cidadão”, disse Caiado. “O candidato Gustavo não conhece mesmo Goiás, sequer sabia que Uruaçu tinha um grande hospital”, completou. O candidato à reeleição destacou que novas unidades serão construídas, como o Hospital do Câncer de Goiás, que já tem área e projeto definidos.

Outro tema levantado no debate foi a educação, que passou por mudanças substantivas na gestão do governador Ronaldo Caiado. “Na política, as pessoas não podem vir com pregação totalmente utópica. Saímos de uma realidade onde existia o turno da fome em Goiás, as pessoas não tinham escola de qualidade”, disse Caiado.

O governador citou que recebeu 1.049 escolas deterioradas da gestão anterior e recuperou todas as unidades, além da distribuição de uniformes, materiais didáticos, chromebooks; implantação de laboratórios de física, química e biologia; alimentação de qualidade e valorização dos professores. “As pessoas da rede estadual de educação hoje têm autoestima. Isso é dignidade, o que fizemos com dinheiro público é oferecer serviços de qualidade”, disse o governador.

“De 66 escolas de tempo integral, entrego agora já no final do ano mais de 250 escolas de tempo integral de ensino médio”, enumerou. O governador ressaltou também o trabalho desempenhado pelos profissionais da Educação em Goiás. “Tenho orgulho de todos os servidores da Educação: dos professores, trabalhadores, diretores, coordenadores. Vocês são heróis e vamos mostrar para o Brasil o que é a melhor educação e vamos chegar muito mais longe”, completou.

Energia elétrica

Citado como um dos gargalos do Estado de Goiás, os candidatos também falaram sobre as dificuldades enfrentadas com a distribuição de energia elétrica. Ao receber críticas do candidato Wolmir Amado sobre a venda da Enel Distribuição Goiás, atual distribuidora de energia do Estado, para a Equatorial Energia (ocorrida no último dia 23/09), Caiado lembrou que é preciso ter conhecimento sobre a não interferência do Estado.

“Depois que sucatearam e venderam a Celg, ela não é mais propriedade de Goiás. Quem delibera sobre quem vai ficar em Goiás é a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o Ministério de Minas e Energia”, explicou o governador ao petista. Caiado lembrou, no entanto, que pressionou politicamente para que a Enel vendesse sua operação, diante da incapacidade de realizar os investimentos necessários. Em suas considerações finais, Caiado agradeceu o apoio da população do Estado e o trabalho dos servidores públicos estaduais, prefeitos, vereadores nos municípios. “Tiramos Goiás daquela situação calamitosa de escândalos e resgatamos o Estado”, relembrou o governador. Por fim, o candidato à reeleição ressaltou que o maior objetivo para um segundo mandato é romper o ciclo da pobreza e tornar Goiás a maior referência do país em gestão, saúde, educação, segurança pública e programas sociais.



Inseguro, Mendanha não teve bom desempenho no debate

A Televisão Anhanguera e a Rede Globo promoveram na noite desta terça, 27, o último debate entre os candidatos ao governo de Goiás. Participaram 6 postulantes; Ronaldo Caiado (União Brasil); Major Vitor Hugo (PL): Cíntia Dias (Psol); Edigar Diniz (Novo); Wolmir Amado (PT); e Gustavo Mendanha (Patriota).

O evento não trouxe novidades e foi pautado pelos ataques e ofensas a Caiado, que lidera as pesquisas com grande margem sobre os adversários – alcançando já mais de 60% dos votos válidos, o que vai dar a ele a vitória no 1º turno no próximo domingo.

O pior desempenho foi registrado por Mendanha. Inseguro e agressivo, o ex-prefeito de Aparecida mostrou fixação por Caiado e em todas as suas intervenções tentou fazer críticas ao governador. Tranquilo, o candidato do União Brasil não se perturbou, deu as respostas necessárias e ainda teve a oportunidade de expor os pontos positivos da sua gestão e apresentar propostas para o novo mandato.

Cíntia Diniz e Vitor Hugo alfinetaram Mendanha. Para a candidata do Psol, o ex-prefeito aparecidense tenta se apresentar como renovação, mas tem a cabeça envelhecida dos políticos tradicionais. Já o Major voltou a falar do oportunismo do seu antagonista, que, segundo ele, declarou voto em Jair Bolsonaro na tentativa de arranjar votos junto a base bolsonarista. Em especial, o representante do PL debochou de uma foto postada nesta semana no Mendanha nas redes sociais, em que ele, ao lado dos seus filhos, veste uma camiseta com a estampa de Bolsonaro.

Caiado também cutucou o ex-prefeito, afirmando que ele fez uma administração desastrosa e sem realizações em Aparecida, apenas se aproveitando das obras de Maguito Vilela, seu antecessor. Como exemplo, citou a ausência de programas sociais no município (em 5 anos e 3 meses de gestão, Mendanha não criou nenhum) e o fato de que todos os polos industriais e empresariais na cidade foram criados tanto por Maguito como por Ademir Menezes, nenhum por Mendanha.

Caiado também mencionou, por 3 vezes, que o então prefeito terceirizou a sua gestão para “um tal de André e um tal de Tatá”, alusão ao poder exagerado dos secretários de Fazenda André Rosa e de Articulação Política Tatá Teixeira na administração de Mendanha. Dos 2, André Rosa permaneceu no posto depois da posse do vice Vilmar Mariano e segue como o senhor todo poderoso da prefeitura, onde toma as principais decisões.


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